Esgotados, 42% dos pastores pensaram em desistir do ministério, diz pesquisa
De acordo com uma pesquisa do Barna Group, realizada nos Estados Unidos, quase metade dos pastores pensa em desistir de seus ministérios por estarem esgotados mentalmente por conta de todas as funções que envolvem o trabalho pastoral.
A pesquisa, publicada em 2022, mostra que 42% dos pastores pensaram em desistir de seus ministérios e a maioria deles (56%) disse que o estresse é o principal objetivo. Em segundo lugar (43%) ficou o sentimento de estar sozinho ou isolado em suas funções na igreja.
Para se ter uma ideia, em 2015, esse número era de apenas 11%. Ou seja, em sete anos o número de pastores esgotados aumentou 400%, confrontando a igreja moderna a olhar para a saúde mental de seus líderes. Confira a pesquisa completa aqui.
O psicólogo Cleo Holanda compreende a questão e explica que, com um aumento considerável das demandas pastorais, os líderes passam a sofrer de problemas de saúde mental por conta do estresse.
"Os principais fatores de estresse que contribuem para a saúde mental são: Carga emocional, responsabilidades pastorais, conflitos e críticas, pressão financeira, equilíbrio entre vida pessoal e ministério. Esses fatores de estresse podem afetar significativamente a saúde mental dos pastores, tornando essencial que eles tenham acesso a apoio emocional, cuidados pastorais e recursos para lidar com o estresse de forma saudável", explica o especialista.
Como mostra a pesquisa, muitos pastores se sentem sozinhos e não têm apoio para lidar com toda a pressão que sofrem no dia a dia. O doutor explica que, de fato, a solidão e o isolamento podem impactar a saúde mental dos pastores aumentando o risco de depressão, ansiedade e esgotamento.
"Para lidar com esses desafios, é importante que os pastores cultivem relacionamentos de apoio dentro e fora da comunidade da igreja, estabelecendo vínculos seguros, estejam inseridos em grupos de pastorais, busquem mentoria, aconselhamento e ajuda profissional, e reservem tempo para investirem em autocuidado e cultivar interesses como lazer e atividades físicas para não ficar focados apenas no ministério", indica Cleo Holanda, autor de best-sellers como “Vencendo a procrastinação”, “Resiliência” e “Otimismo”.
Tecnologia pode ajudar pastores esgotados
O Sistema Eklesia é projetado para ser uma solução abrangente na gestão de igrejas, visando otimizar e simplificar diversos aspectos do dia a dia eclesiástico. Com mais de 23 anos de experiência no mercado, o Eklesia se destaca por oferecer uma série de funcionalidades que atendem a uma ampla gama de necessidades das igrejas.
“O Eklesia é especialmente desenhado para auxiliar pastores e líderes eclesiásticos que enfrentam múltiplas demandas em seu ministério, oferecendo uma série de recursos que visam simplificar a gestão da igreja e otimizar o tempo”, diz Luís Patroni, Diretor do Eklesia.
Ao investir na automação de processos, líderes religiosos terão tempo para cuidar de outras áreas da igreja, enquanto a tecnologia vai facilitar e reduzir o trabalho que eles teriam com tarefas como gestão financeira, gerenciamento de equipes de voluntários, administração de pequenos grupos e células, comunicação, gestão de eventos e muito mais.
"O Eklesia serve como um aliado importante para os pastores, ajudando-os a gerenciar eficientemente as múltiplas facetas do ministério, para que possam dedicar mais tempo ao que é mais importante: liderar, cuidar e nutrir a comunidade espiritual que lhes foi confiada", diz Patroni.
Procurar ajuda em saúde mental
Além de contar com a tecnologia para ajudar na delegação de assuntos importantes na administração de uma igreja, pastores sobrecarregados também devem procurar ajuda de profissionais em saúde mental.
“As divisões políticas e conflitos dentro e fora da igreja podem causar estresse, ansiedade e conflitos internos para os pastores, afetando sua saúde mental. Por isso, é importante o cuidado e investimento na saúde mental, além de buscar o desenvolvimento de habilidades sociais, para manejar melhor essas demandas que acabam surgindo no exercício do ministério”, complementa o psicólogo.
Cleo Holanda indica a Terapia Cognitivo Comportamental (TCC) como a melhor técnica para tratar os sinais de esgotamento emocional e burnout em pastores. O atendimento consiste em identificar e modificar pensamentos disfuncionais, comportamentos inadequados e padrões emocionais negativos
“Para diferenciar esses sintomas de problemas espirituais ou vocacionais, a TCC enfatiza a importância da avaliação objetiva dos sintomas, da exploração das crenças subjacentes sobre o ministério e do desenvolvimento de estratégias para fortalecer a resiliência espiritual e a clareza vocacional”, ensina.